Mariam Aldhahi
Magenta Brasil
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4 min readFeb 6, 2017

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Imagem por Louise Palmberg.

O que você faz?

Eu meio que me aposentei, mas costumava ensinar edição de vídeo na NYU ITP. Então, sempre estive na tecnologia. Há 20 anos eu trabalhava com gráficos gerados por computador e animação.

O que você fazia na internet há 20 anos?

Eu criei o ArtVT.com que foi realmente o primeiro website que mostrava artistas em Vermont.

Como as pessoas em Vermont reagiram ao site há 20 anos atrás?

Bem, isso foi antes do Vermont Art Council até mesmo ter o seu website, e eu argumentava com o diretor do museu e tentava explicar que eles precisavam de um site. Eles não queriam.

Alguém lhe dava apoio?

As pessoas entendiam o que eu estava tentando fazer. Eu esbarrava e comentários de pessoas que o haviam acessado dizendo, "Wow! Isso é incrível". Nós mostrávamos pedaços da vida que eram fantásticos.

Em que outros tipos de trabalho você trabalhou?

Você pode acessar o NoKilling.org e ver fotos minhas nu segurando metralhadoras M16.

Por que você estava nu?

Eu estava fazendo um protesto. Quando o Bush foi eleito, eu disse que posaria nu com M16s porque queria entender o que diabos essas pessoas gostavam. Quando me vesti com um boné Blackwater e uma jaqueta camuflada, eu parecia igual a eles. Não dava pra fazer com que as armas parecessem deslocadas assim, então esse (estar nu), foi o jeito que encontrei.

E então uma coisa levou à outra. Eu já estava engajado politicamente antes mesmo do Bush assumir.

E, então, tem o RedRat, um site que comecei há 20 anos atrás. À medida que os anos passam, olho pra trás e me surpreendo com o tempo e a energia que eram preciso serem gastos para se fazer um website.

Que tipo de coisas você tem no RedRat?

Você pode voltar e ver um processo contra a Ford Motor Company sobre pagamentos em fábricas na Alemanha que montavam caminhões para Hitler. Esse tipo de coisa. Eu tinha uma lista de mailing, então quando eu atualizava o site com algo, enviava uma mensagem. Tinha um contato maravilhoso com muitas pessoas.

Eu também trabalhava em um projeto chamado Vermont Movie, uma série de seis filmes com um olhar extraordinário sobre nossas vidas e a história. Meu trabalho mais recente é uma filmagem com drone de uma pequena ilha no meio do Lago Champlain. Eu a tenho capturado pelos últimos 5 anos com uma câmera profissional nos últimos meses a tenho filmado com um drone.

Qual você considera ser o desenvolvimento tecnológico mais revolucionário que viu acontecer durante a sua vida?

Whizzer. Trata-se de um motor a gasolina que você podia colocar na sua bicicleta e que tinha uma faixa de borracha gigante que ia até a sua roda traseira e que me permitia escapar da polícia quando eu tinha 13 anos de idade. Isso por volta de 1948, em Illinois. Nessa época, você podia conseguir uma carteira de motorista com 14 anos. Pra mim, foi bem decepcionante porque eu ia completar essa idade em 13 de julho daquele ano. Em 1 de julho eles mudaram a idade para 15 anos.

Qual foi o seu primeiro telefone?

Foi um telefone fixo, de plástico e vermelho no meu apartamento em Chinatown, onde eu vivi por 30 anos. Você sabe, quando as pessoas tinham um telefone nessa época, todo mundo tinha o mesmo aparelho. Era meio que a única coisa disponível.

Ligação, mensagem de texto ou e-mail?

Anos atrás, eu amava telefones. Na verdade, eu tinha uma caixa preta que me permitia fazer ligações a longa distância de graça, até que a Pacific Telephone and Telegraph mandou pessoas para me pegarem. Meu amigo em Chinatown se livrou da caixa preta para mim. Eu a usei por anos. Agora, é o e-mail. Mas mesmo nele há tanta propaganda.

Há a “jornada do usuário” perfeita e, então, a vida real. Rapidinhas documenta como as pessoas ao redor do mundo definem a sua relação com a tecnologia. Para ler mais entrevistas da série, acesse o link.

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